25 de abril de 2011
Protocolo de Reabilitação de LCA
1ª Fase
Corresponde à 1ª semana do pós-operatório, e tem como objectivos controlar a dor e o edema, obter uma boa mobilidade da articulação patelo-femoral, atingir uma flexão do joelho entre 75ºa 90º e obter controle neuro-motor do quadriceps. Nesta fase a prioridade é conseguir a extensão completa do joelho.
No que respeita aos procedimentos efetuados para atingir os objetivos propostos, e de uma forma resumida, teremos:
Ao 5ºdia – Posicionamento a 0º de extensão, no 1º dia (alongamento possível dentro da amplitude
disponível sem dor)
Criocast ou R.I.C.E.S feita no bloco operatório
Controle da dor através de cateter epidural
Repouso com elevação do membro, alternando com crioterapia e tala de mobilização passiva contínua ou Continuous Passive Motion (CPM) dos 0-90º até à alta hospitalar.
5º- 8º dia – Já após a alta hospitalar:
Mobilização da articulação patelo-femoral
Exercícios de flexão/extensão da tíbio-társica com o membro elevado
Mobilização passiva em cadeia cinética aberta (CCA)
Marcha sem carga, mas com apoio – treino com 2 auxiliares de marcha
Treino de propriocepção em cadeia cinética fechada (CCF) com bola e na parede
Co-contracções do quadricipete e isquio-tibiais, na posição de sentado, com a perna
extendida
Treino de controlo neuro-motor (Bio-feedback e electro-estimulação)
2ª Fase
Corresponde ao período entre a 2ª e 3ª semanas, e tem como objectivos obter o controle do edema, das amplitudes articulares passivas de extensão/flexão 0º/100º-115º e ativas de 0/ 90º, marcha com carga parcial maior que 50% do peso corporal, com o auxílio de uma canadense a retirar no final da fase, força muscular que não ultrapasse um deficit de 60% no quadriceps e 35% nos ísquio-tibiais, quando comparados com o membro são; assim como um aumento na propriocepção.
No que se refere aos procedimentos efetuados, do 8º ao 21º dia, teremos:
·Repetição dos procedimentos anteriores
·Técnicas específicas para aumento de amplitude articular
· Fortalecimento manual e com pesos em CCF
· Electroestimulação do quadriceps
· Fortalecimento e alongamentos dos isquiotibias
· Treino de propriocepção com tábuas de balanço
· Treino de marcha até largar os auxiliares
O fortalecimento muscular é feito inicialmente através de contracções isométricas do quadriceps e dos ísquio-tibiais a 0º, 30º, 60º e 90º e seguidamente através de resistência manual, insistindo nas co-contracções do quadriceps/isquiotibiais (Qt/IsqT) tendo atenção ao arco de movimento ativo de flexão para extensão dos 100º aos 45º para não causar demasiada tensão na plastia (NORONHA, 2000).
3ª Fase
Corresponde ao período entre a 4ª e a 6ª semanas, e tem como objectivos manter o edema
controlado, obter as amplitudes articulares passivas de extensão/flexão de 0/120º-135º e
activas de 0/120º, aumentar a força muscular até obter apenas um deficit que não ultrapasse
os 40% no quadricípete e os 20% nos ísquio-tibiais, quando comparados com o membro são, e
aumentar a propriocepção e estabilidade dinâmica, bem como evitar stress na plastia; no
decorrer desta fase deve ser conseguida uma marcha normal com 100% de carga e sem
substituições.
No final da 3ª fase o neo-ligamento encontra-se no final do período de necrose, fazendo a sua
transição para o período de sinovialização; razão pela qual todos os esforços adicionais devem
ser introduzidos mediante a resposta inflamatória.
· No que respeita aos procedimentos efectuadas, do 21ºdia ao mês e meio, teremos:
· Repetição dos procedimentos anteriores, necessários
· Treino de estabilização bipodal, equilíbrio e marcha
· Step-ups, mini-squats e bicicleta com início ao mês
· Exercícios em CCF em carga total
· Trabalho de estabilização da musculatura da cintura pélvica
· Nesta fase é importante conseguir umas amplitudes articulares quase totais E/F=
0º/135º e uma carga total do membro. Especial importância é dada aos exercícios em CCF,
como sistema de potêncialização do quadricipete e dos isquio-tibiais.
Fonte: Fisioterapia Manaus
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