5 de abril de 2011

Aspirina pode reduzir risco de câncer de pâncreas


Uso da droga uma vez ao mês reduz em 26% chance de desenvolver a doença



O uso de aspirina ao menos uma vez por mês está associado a uma diminuição significativa de risco de desenvolvimento de câncer no pâncreas. É o que indicam os resultados de uma pesquisa americana apresentada nesta segunda-feira durante reunião anual da Associação Americana de Pesquisa em Câncer.
Para a realização do estudo, os pesquisadores documentaram respostas de 904 pacientes que tiveram câncer de pâncreas e compararam com 1.224 pacientes saudáveis. Todos os pacientes pesquisados tinham pelo menos 55 anos e relataram o uso de aspirina, antiinflamatórios e paracetamol.

Os resultados mostraram que as pessoas que tomaram aspirina pelo menos um dia durante o mês tiveram 26% menos risco de desenvolver câncer de pâncreas, em comparação àqueles que não tomaram aspirina regularmente. O efeito também foi encontrado naqueles que tomaram doses baixas de aspirina para a prevenção de doenças do coração, com risco 35% menor de desenvolvimento de tumores no pâncreas.

Segundo os cientistas, o mesmo benefício não foi registrado em pessoas que utilizavam antiinflamatórios e paracetamol. “Isso fornece uma evidência adicional de que a aspirina pode ter uma atividade de quimioprevenção contra o câncer de pâncreas”, disse Xiang-Lin Tan, pesquisador da Clínica Mayo, nos Estados Unidos.

 Xiang-Lin pondera que, como os resultados são preliminares, ainda é muito cedo para estimular o uso da aspirina com o objetivo de prevenção do câncer. “O objetivo do estudo não é sugerir que as pessoas passem a tomar aspirina uma vez por mês para reduzir o risco de câncer de pâncreas”, diz. “As pessoas devem discutir o uso do medicamento com seus médicos porque a droga traz efeitos colaterais”, acrescentou.
Fonte: Revista Veja

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