12 de abril de 2011

Quase 20% dos pacientes com câncer de pulmão continuam fumando


Além de prejudicar o tratamento da doença, hábito aumenta as chances de desenvolver doenças do pulmão, como bronquite ou enfisema.


Mesmo diagnosticados com câncer de pulmão, quase 20% dos pacientes continuam fumando, prejudicando a recuperação e aumentando as chances de desenvolver uma doença obstrutiva crônica do pulmão, como bronquite ou enfisema, afirma um estudo financiado pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos e publicado no periódico médico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention
Foram pesquisados 742 pacientes com câncer de pulmão e também seus acompanhantes. Foi constatado que 18% não conseguiram parar de fumar após receber o diagnóstico. O cigarro está relacionado com mais de 80% dos 200.000 casos de câncer de pulmão diagnosticados anualmente nos EUA. 
“O maior obstáculo é o fatalismo, a crença de que já é tarde demais para deixar de fumar”, disse Kathryn Weaver, coordenadora do estudo e professora de ciências sociais e políticas de saúde do Centro Médico Wake Forest, em Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte. Há vários benefícios em parar de fumar, relacionados diretamente à sobrevida dos pacientes, resposta ao tratamento e qualidade de vida. 
Os pesquisadores descobriram também que 25% das pessoas que cuidam dos pacientes com câncer de pulmão também continuam fumando durante o tratamento. Segundo Kathryn, além dos problemas de saúde, a manutenção do hábito de fumar gera entre os pacientes sentimentos como culpa, e também são socialmente discriminados. 
Para Kathryn, logo depois do diagnóstico é preciso que médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde conversem com os pacientes e seus familiares sobre o fim do hábito de fumar e ofereçam recursos e encorajamento.

Fonte: Revista Veja

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